terça-feira, 30 de agosto de 2011

Tempurá de camarão - Alunos da Nassau.



Lembram aquela receita de tempurá de camarão bem fácil que eu coloquei aqui no blog? Esse ai é o prato que os alunos fizeram na aula prática de Cozinha Asiática na Faculdade Maurício de Nassau.

domingo, 28 de agosto de 2011

Curso ministrado no dia 27/08/2011 em Piedade.

Aqui estão algumas fotos do curso que aconteceu sábado, a aula foi super divertida. Cada aluno, além da esteira para enrolar sushi e da apostila, leva para casa sua barquinha recheada, embora saiam de lá com a barriga cheia.
 A diferença entre aluno e professor não consiste no caráter ou qualidade da pessoa, mas no conhecimento prévio e domínio da técnica necessária.
 Para mim, uma aula só é boa quando os alunos aprendem de verdade e se divertem. Para aprender é preciso mais do que disciplina, é preciso amor.
 Teve até sorteio de livro de gastronomia e o vencedor foi Wilton Viana, gente boa a figura, aliás, todos ai são pessoas ótimas de se trabalhar. Em breve você talvez encontre algum deles fazendo sushis por encomenda, trabalhando em algum restaurante japonês ou até mesmo abrindo seu próprio delivery de temakis.
Valeu galera!

Thomás Sôlha

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Graças a Deus o curso de sushi ta bombando neh!

Meus queridos amigos, alunos e leitores. Fico muito feliz com tamanha aceitação que se tem tido do Curso de Sushi do Chef Sôlha, todos têm saído bastante satisfeitos. As aulas estão sendo ministradas principalmente nos sábados e nas terça-feiras. O curso é feito mediante agendamento diretamente comigo pelo (81) 9226-6309 de acordo com a disponibilidade de horários e formação de turmas. As turmas devem ter sempre entre 5 e 10 alunos e o investimento é de R$ 80,00 incluindo apostila e esteira para sushi e de R$ 75,00 para quem já possui a esteira. Trabalho sempre com salmão, camarão e outro peixe, tenho optado pelo atum defumado que tem feito sucesso. Além é claro de todos os outros insumos que estão inclusos no valor do curso. Eu forneço todo o material necessário, inclusive panelas e facas. Lembrando que o curso não é voltado apenas para estudantes de gastronomia, pode ser feito por qualquer pessoa maior de 12 anos. Eu mesmo quando aprendi tinha apenas 13 anos.
Muito obrigado a todos que têm participado da minha vida, seja como amigo, aluno, leitor ou família!

Thomás Sôlha
Prof. de Gastronomia da Faculdade Maurício de Nassau e Faculdade dos Guararapes.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Quem prepara a mesa?



Quem prepara a mesa do banquete real? Da festa do embaixador? Da presidenta e sua comitiva? Quem limpa o chão e o carpete? Quem espana os móveis e arruma as cadeiras? Quem lavou a toalha de fino linho e seus guardanapos? Quem polirá os metais nesta noite tão linda? Quem despertou ainda de noite e saiu para levar a galinha, o porco, os ovos para vender na feira para ser comprado pelo mercado e ser vendido aos compradores do palácio? Quem suou e rezou de sol a sol para que chovesse um pouco na hora certa para que o trigo brotasse e a alface não perecesse e a tomate lhe rendesse alguns centavos por quilos?
Quem ceifou o trigo na hora certa e colheu as uvas? Quem foi a Babette e o Vatel na hora palaciana enquanto seus próprios filhos choravam de fome e de abandono?
Tantas perguntas não feitas entre a degustação de vinhos finos harmonizados e entre queijos de deliciosos matizes que jamais serão experimentados por quem realmente os fez. Para que perguntas se a noite está tão galante e o cerimonial impecável?
Quem iluminou o salão e abriu a porta principal com um gesto curvo? Quem ficará depois recolhendo o lixo do luxo até cair exausto, para pegar duas conduções até seu casebre? Talvez consiga burlar a vigilância feita por um igual seu e leve algum pedaço de bolo mordido para a filha.
Quem cuida de todas as refeições do mundo de maneira silenciosa e servil para que o alimento chegue à mesa do senhor e da senhora, mesmo que seja desperdiçado. Quem transforma o arado em garfo e em arado de novo e em garfo numa eterna e fatigante jornada invisível? Quem recolherá o desperdício de cada mesa, de cada transporte, de cada safra, de cada manada? Quem paga a conta de quem se alimenta de lixo na terra que mana leite e mel?
A noite continua dançante ao som de uma valsa vienense ou de uma banda de jazz dos anos 40, quem notou a vida do garçom ou da copeira, senão apenas as notas da canção e a agilidade da bela moça de decote vermelho que pulsa roubando a atenção de quantos se vêem cegos no salão como num perfume de mulher.
Quem prepara a mesa é o mesmo que paga a conta, sem ser convidado para o banquete, como um fantasma que ronda a Europa na festa do baile da ilha fiscal.

Assuero Gomes

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Esse post ai é do meu pai - Canjinha Santa Clara.


Aquela canja das avós do interior, que curava gripe, constipação, mau olhado, sarampo, e tantas outras mazelas. Canja que não faz mal a ninguém, muito pelo contrário, que só faz lembrar o carinho da avó e o cheiro da fazenda e do fogo à lenha. Quem não gosta muito é a galinha...
Para duas pessoas (para que mais?), meio peito de galinha (se puder ser de capoeira, melhor ainda). Corta-o em tiras pequenas e tempera-se com sal, pimenta do reino, um pouquinho de vinagre, cebola fatiada bem fina, açafrão da Índia, alho espremido. Deixa descansar.
Após uns dez minutos, coloca-se óleo na panela e depois de quente sela-se a galinha; em seguida despeja-se água quente (meio litro).
Fervendo, coloca-se então duas colheres das de sopa (cheia) de arroz. Quando o arroz estiver bem cozido, coloca-se coentro picado. Está pronta a canjinha Santa Clara.

Assuero Gomes

Ps: espero que gostem

Thomás Sôlha

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Carne acebolada chinesa!

Carne acebolada.

Eu faço assim: corto a carne e a cebola em tiras bem fininhas, refogo a cebola num pouquinho de óleo de soja e reservo. Tempero a carne com shoyu (molho de soja) e amido de milho (maisena), misturo bem e refogo no mesmo óleo em que havia refogado a cebola. Dissolvo um tablete de caldo de carne numa panela com água quente e vou adicionando aos poucos na carne, quando o molho estiver do seu jeito, desligue e sirva.

Dica: se quiser um molho mais grosso acrescente mais amido de milho dissolvido em água fria. Se necessário corrija o molho com mais molho de soja.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Tempurá, facinho de fazer né?!

Tempurá

Esse empanado japonês é muito fácil de fazer, existem receitas como a do Chef Yoshi em que se acrescenta ovo, mas a minha, que não é minha, é mais fácil ainda. Basta colocar água bem gelada numa tigela e ir adicionando farinha de trigo até conseguir uma consistência de massa de panqueca.
Coloque óleo numa panela e quando estiver bem quente é só passar o camarão, ou pedaços de peixe na massa de tempurá e jogar dentro do óleo. Depois é só servir com shoyu, não é necessário temperar o camarão antes, mas um sal e pimenta do reino vão vem em quase tudo.
Você pode empanar legumes com essa massa, use a criatividade, mas no caso de legumes muito duros, é legal dar uma pré-cozida antes de passar na massa.
Lembre que a cor da fritura deve ser dourada e não marrom!
Cebola em rodelas também ficam muito boas com essa massa.
Tente substituir a água por cerveja na mistura, o resultado vai ser também muito legal.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

O cozinheiro.

De manhã acorda bem cedo, pedala mais que um atleta. Escolhe o peixe e o compra, depois encosta sua bicicleta. Põe sua dolman já cansada, já sem muita pompa, cheira uma trufa perfumada que em suas mãos lhe encanta. Lembra de temperos, de saladas, cada cheiro uma lembrança lhe aponta. Uma pontinha de aspargo; repolho; laranja. Um sonho de padaria, um sonho de esperança, um sonho que se sonhe junto e vire realidade. Entre panelas e cheiros, sabores e labores, muita vida pela frente. Vai trabalhar que o forno esta quente!
Alguns anos se passaram e o cozinheiro virou chef. Uma dolman bem bonita para quem do passado não se esquece. Deixou a barba crescer, não pegava mais em panelas. Isso no trabalho, porque em casa nunca ficava longe delas. Estava sempre inventando, sonhando novas receitas. Amava sua vida sem dores, protegida por sabores e adorava sua cerveja. Degustava muitos vinhos, era o mestre da harmonização. Tinha uma esposa e dois filhinhos, amava sua criação. Era tão feliz o homem, que nem preparava comida, ele fazia coisa melhor, nos fazia pensar na vida quando degustávamos cada uma de suas novas idéias.
Dedicava-se tanto àquilo, que se doava por completo. Quando veio perceber já havia escrito mais de 100 receitas para cada letra do alfabeto. Publicou então sua obra e plantou várias árvores. Publicou mais outros livros, ficou conhecido em todo o mundo: ensinou japonês a cozinhar arroz e também alemão a fazer salsicha, ensinou na França outras receitas tantas. Fez uma enciclopédia com todos os sabores, deu nome aos cheiros, classificou os melhores odores.
Quando estava bem velhinho decidiu que iria parar, dedicar-se somente à esposa, aos netos e o lar. Passou muito feliz alguns anos e depois Deus mandou lhe buscar. No seu enterro muitos vieram lhe saudar. E chegando lá no céu, não foi nenhuma surpresa, todos estavam lhe esperando em volta de uma grande mesa. Ele sentou no seu lugar, e se serviu do banquete. Perguntou inocentemente quem preparara toda aquela comida tão gostosa, e lhe foi dito o seguinte: esta comida foi preparada por tu durante toda tua vida, e não te espantes que ela agora esteja aqui, pois quando morremos não levamos conosco nada do que compramos, mas carregamos sempre conosco tudo aquilo que construímos com amor.